31 de março de 2009

Comunicado

Comunico o nascimento de mais duas mudinhas de pimenta no meu vaso. 

Fudeu! Elas vão crescer e não vão caber nele! Vou ter que me transformar  na rainha do dedo verde e aprender a fazer mudança de plantas para vasos maiores (sei que isso tem um nme específico que não lembro).  

Já  estou me imaginando como uma grande produtora de pimenta malagueta...

Eu e meu dedo.

Dizem que tem gente que tem o dedo verde. Há muito tempo eu acho que o meu é podre. Toda e qualquer plantinha que eu ponho a mão, pimba! Morre.

Já tentei de tudo, até uma dessas plantas de pedra que segundo a minha irmã não tinha segredo nem jeito de dar errado, deu. Duas semana sob meus cuidados e já tava ela com um jeito de quem não tinha muito mais tempo de vida, só restou a minha irmã resgata-la e manda-la para o CTI.

No último aniversário uma amiga me deu um pé de manjericão, sempre tive sonho de ter uma hortinha particular  a mão para qualquer prato... A bicha não durou nem uma semana, chegou linda , cheia de vida acabou seca de tanta tristeza  na lixeira do prédio.

Na minha última ida ao Rio para visitar a família, comentei com meu padrasto que adoraria ter uma pimenteira. Pra que?  Em questões de minutos ele me aparece com uma muda em mãos. Não tive o menor tempo de avisar que era só vontade, e que vontade dá e passa e que não iria agüentar mais uma decepção com o mundo vegetal.

Voltei no avião eu e minha  nova amiga. Eu, parecendo uma mãe de primeira viagem com aquele bebê no colo sem a menor intimidade com ele. Mas chilli ( eu apelidei ,assim, minha pimenteira) era linda, toda verdinha cheia de pimentinhas vermelhas, olhei para ela tendo certeza que dessa vez daria certo.

Assim que cheguei em casa coloquei o vaso dela em cima da mesa e reguei. No dia seguinte ela tava toda feliz, com as folhas ouriçadas para cima. Pensei: Aha!! Quem disse que eu não posso?

Três dias depois ela murchou. Falta de sol me disseram. No dia seguinte, coloquei ela para lado de fora da janela, quando cheguei em casa ela tava sequinha sequinha...  muito sol disseram. O namorado disse que aquela terra não era boa, desci no  hall  do prédio com colher em mãos para assaltar um pouco da terra adubada do canteiro. Naquela noite , eu sonhei com o meu vaso, chei de folhas verdinhas nascendo.

Quando acordei, nada de folhas verdes. Lá tava chilli, do mesmo jeito que a tinha deixado: seca. Mais uma vez tinha assassinado uma plantinha.  O coração de Chilli não batia mais.O namorado deu a idéia de tirar as sementes das pimentas secas do corpo de Chilli e coloca-los na terra.

Ainda bem que sou obediente. Faz um mês que estou criando as filhas de Chilli. Primeiro nasceram duas, depois mais três que, coitadas, não resistiram ao meu dedinho maligno. Me dediquei as duas que sobreviveram com afinco...

 E essa semana nasceram mais nove filhotinhas. Todas estão crescendo felizes, parece. E eu fico, aqui, que nem mãe aflita, doida para chegar em casa e ver se elas estão são e salvas.

Acho que vou pintar meu dedo com tinta guache verde.

 

24 de março de 2009

Festa


Champagne servida. Fita vermelha cortada.  Está inaugurado o Caraminholas.