23 de abril de 2009

Domingo...


De uns tempos pra cá voltei a curtir futebol.  Sim, o caso foi de influência masculina, assumo! Tanta influência, que não só voltei a acompanhar os jogos, como voltei a torcer pelo time de infância.

Essa nova antiga onda me trouxe novamente o prazer de ouvir partidas pelo rádio e de ir para um boteco, ou uma pastelaria, ou mesmo ficar em casa com uma cervejinha do lado torcendo a cada jogo. Adoro! 

Morando em Brasília, fica faltando o Maraca do lado pra ir torcer lá também. Por isso que quando o mengão ganhou do Fluminense, e a final ia ser justamente no fim de semana que eu estaria no Rio, não tive dúvidas: Domingo eu tinha que estar no Maracanã! E estava. 

Já tinha ido depois da reforma, mas não depois da lei seca. Engolimos a última cerveja quase que na roleta e entramos. Logo na rampa do Belini, o hino do Flamengo as alturas já emocionava, vontade de tomar mais uma. não podia.

Chegamos na arquibancada e a torcida do Botafogo já tava lá , entusiasmada. Ex-botafoguense que sou, tenho que admitir que ela estava linda, pomposa , cheia de purpurina, balões, bandeiras e acreditando muito na vitória. 

Flamenguista que sou, bebo um gole da minha cerveja quente e sem álcool, olho para minha torcida que estava quieta e penso: Cadê o mengão?

 E mengão continuou  lá quieto, respondendo vez ou outra as provocações do adversário. E foi só a arquibancada lotar de torcedores para  festa começar. Primeiro o desfile classudo das bandeiras, depois o bandeirão da Raça e da Jovem e a torcida explodiu, festa com jeito de quem sabe o que faz, de quem sabe a hora exata de entrar em cena.  
 
Atriz que sou, me arrepiei. 

O elenco no campo não fazia jus a torcida nem de um lado nem do outro, o sol forte na cara, tornava a decisão ainda mais tensa, as torcidas não perdiam a voz, e nada de gol. O por do sol deixou o maracanã dourado  no segundo tempo e o gol contra a nosso favor nos fez pular, gritar e calar a torcida alheia.

A festa era nossa.  O juíz apita.  é o fim de jogo. Mengão campeão. Olho para a arquibancada vazia onde os botafoguenses antes faziam  festa e me pergunto: Cadê? 

A festa era só nossa.

Semana que vem tem mais, não mais no maraca, mas regada a cerveja gelada.

  Com álcool, claro.



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