
De uns tempos pra cá voltei a curtir futebol. Sim, o caso foi de influência masculina, assumo! Tanta influência, que não só voltei a acompanhar os jogos, como voltei a torcer pelo time de infância.
Essa nova antiga onda me trouxe novamente o prazer de ouvir partidas pelo rádio e de ir para um boteco, ou uma pastelaria, ou mesmo ficar em casa com uma cervejinha do lado torcendo a cada jogo. Adoro!
Morando em Brasília, fica faltando o Maraca do lado pra ir torcer lá também. Por isso que quando o mengão ganhou do Fluminense, e a final ia ser justamente no fim de semana que eu estaria no Rio, não tive dúvidas: Domingo eu tinha que estar no Maracanã! E estava.
Já tinha ido depois da reforma, mas não depois da lei seca. Engolimos a última cerveja quase que na roleta e entramos. Logo na rampa do Belini, o hino do Flamengo as alturas já emocionava, vontade de tomar mais uma. não podia.
Chegamos na arquibancada e a torcida do Botafogo já tava lá , entusiasmada. Ex-botafoguense que sou, tenho que admitir que ela estava linda, pomposa , cheia de purpurina, balões, bandeiras e acreditando muito na vitória.
Flamenguista que sou, bebo um gole da minha cerveja quente e sem álcool, olho para minha torcida que estava quieta e penso: Cadê o mengão?
E mengão continuou lá quieto, respondendo vez ou outra as provocações do adversário. E foi só a arquibancada lotar de torcedores para festa começar. Primeiro o desfile classudo das bandeiras, depois o bandeirão da Raça e da Jovem e a torcida explodiu, festa com jeito de quem sabe o que faz, de quem sabe a hora exata de entrar em cena.
Atriz que sou, me arrepiei.
O elenco no campo não fazia jus a torcida nem de um lado nem do outro, o sol forte na cara, tornava a decisão ainda mais tensa, as torcidas não perdiam a voz, e nada de gol. O por do sol deixou o maracanã dourado no segundo tempo e o gol contra a nosso favor nos fez pular, gritar e calar a torcida alheia.
A festa era nossa. O juíz apita. é o fim de jogo. Mengão campeão. Olho para a arquibancada vazia onde os botafoguenses antes faziam festa e me pergunto: Cadê?
A festa era só nossa.
Semana que vem tem mais, não mais no maraca, mas regada a cerveja gelada.
Com álcool, claro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário