27 de abril de 2009

Tempo,Tempo,Tempo...


Ontem tive o prazer de ter internet em casa. Há muito tempo não tenho isso. Aproveitei para ter um outro prazer que não tenho a tempos: ler O Globo de domingo. 

O primeiro caderno que sempre abri foi o de Cultura, on-line não seria diferente, quando abriu a matéria de capa com Maria Mariana, Ingrid Guimarães, Carol Machado e Patrícia Perrone se reencontrando me arrepiei dos pés a cabeça. 

Elas foram as atrizes de Confissões de Adolescente, peça que quando assisti em 92 me fez pensar: É isso que eu quero fazer. Peça para qual fiz um teste onde tinham mais de 400 meninas querendo o mesmo que eu. Peça que em 2000 estreei e fiquei em cartaz por mais de 2 anos.

Na matéria elas relembraram as viagens, as roupas que eram trocadas, os amores, os sonhos compartilhados, e eu ali, lendo como se tivesse naquela livraria também, no meio daquela conversa repetindo: Sei, sei exatamente...

Durante os  quase três anos de Confissões vi a história de 4 meninas da mesma turma da faculdade, ir se transformando numa amizade que de tão forte ganhou o nome de irmandade, família ou um desses rótulos que são dados para a gente classificar o que não não se classifica.

As vi dividindo quarto, palco , personagens, medos, figurinos, piadas, poesias, estradas, maquiagem, sonhos, colo e coxias.  E dividir um certo frio na barriga quando alguém mais experiente dizia: Isso um dia vai acabar! 

Vi quatro meninas de personalidades tão distintas, irem aprendendo a conhecer as diferenças, e a achar graça disso, e se irritar com isso, e botar no colo por causa disso, e depois de um tempo ver que já tinha um pouco disso dentro delas também. 

Não  divido mais a cidade com elas.   Morro de saudade de chá no Letras, do colo, bicicleta na Lagoa, brigadeiro em frente a TV, do ouvido nas horas certas, de Búzios, das roupas emprestadas,  dos abraços que elas me ensinaram a dar e do palco, que fico imaginando se ainda nos daremos o prazer de dividir. 

Ontem, lendo a matéria do Segundo Caderno, tive a certeza física de que  eu que queria estar naquela Livraria também, ao lado delas.

 Pois é, ao contrário do que diziam os mais experientes: 
-Não, não acabou. 


6 comentários:

  1. li em casa, agora de um quarto só, tomando chá, após voltar de uma pedalada na lagoa...
    precisa dizer mais?
    assim como tentar classificar a irmandade, que é inclassificável, impossível dizer o que é indizível...
    simplesmente amo.
    mesmo já tendo desconfiado que aquelas diferenças que antes só faziam graça, um dia nos levariam cada uma para uma vida individual...
    bom é saber que a gente não precisa de um repórter para, finalmente, provocar o encontro.
    bom é saber que com a gente o telefone funciona...
    amo muito.
    da irmã que hoje é mais feliz por ter percentagens importantes das personalidades, agora nossas.
    t.

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  2. Como era bom ver vcs no palco fazendo Confissões!!!!! Como é bom ver a amizade linda de vcs... sempre!!!!
    Mamãe

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  3. cara... detalhe, tava escrevendo esse post na Pavirada de repente começa a tocar tempo,tempo no computador do jota...

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  4. minha linda, essas "coisas" não acabam nunca.. nem com o tempo, nem com a distancia =)
    bjs!

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  5. amor é amor e ponto... e inspira tudo a volta, realiza até o imaterial...

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